quinta-feira, 21 de março de 2013

No parquinho

- Olá, você vem sempre aqui? Pedrinho, sai do lago!

- Não. Costumo ir no parquinho do parque Laje. Maria Augusta, devagar nesse balanço.

- Ah, sim, lá é bom também. Mas se anda pouco. Pedrinho, já mandei sair de dentro do lago!

- Se anda pouco?

- É. Aqui no Jardim Botânico anda-se um bocado até chegar ao parquinho. Aí o Pedrinho fica mais cansado. Com sorte, até tira um soninho quando chega em casa.

- Entendi... Maria Augusta sai de cima da amiguinha!

- Quantos anos ela tem?

- Seis. Seis anos sem dormir.

- Entendo perfeitamente. Pedrinho, larga o peixe! E já mandei você sair do lago duas vezes. Não me faça pedir a terceira! Ela não quis ir no parque Laje hoje?

- Não. Ficou traumatizada. Na última vez, se perdeu na gruta. Maria Augusta, esse pedaço de pau não é espada, solta isso!

- Coitada. É, também não tenho boas recordações de lá. O lago dos patos.

- O Pedrinho se afogou?

- Ele, não. O pato. Mais um pouco e o pobre do bicho quase tem o pescoço torcido. Pedrinho, SAI DO LAGO!

- Ele gosta mesmo de água, né?

- Suja. Porque pra tomar um banho...A Maria Augusta é aquela jogando areia na cabeça do bebê?

- Não, é a que está do lado, rindo do choro do bebê. O Pedrinho eu sei quem é, já que só tem uma criança dentro do lago. É aquele de blusa marrom.

- Branca. Quando saiu de casa era branca.

- Bota de molho no Coquel. Maria Augusta, vamos embora AGORA! O carrinho do bebê não é carro de corrida. Tchau, a gente se vê por aí.

- Ok. Pedrinho vou contar até três pra você sair desse lago! Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete...

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