Num jardim perdido em algum lugar do passado,
poemas espalhados por um vento lírico
que insiste em ventar...
passarinho
se tudo na vida passa
passará um passarinho
um passarinho que pia sem parar
sem parar ele voa para seu ninho
um ninho onde mora seu filhotinho
filhotinho que passará passarinho
passarinho que na vida passa
e passa um vento de mansinho
só me restou o lamento
pois a minha lágrima também se foi
foi levada pelo mesmo vento
ah! se eu pego esse vento
tentar, eu bem que tento
que molha o assento
e o meu varal
chuvisco da chuva que chove
agora bem lento,
nem deu em temporal
já levado pelo vento
para longe do meu quintal
passou um vento amarelo por mim
com destino a um jardim
e amadureceu todas as mangas
[da mangueira
agora, há que comê-las depressa
para não se findarem numa lixeira
cantiga de ninar
dorme filhinha, dorme em paz
se o vento uivar, o bem ele traznão tenhas medo, confia em Deus
os males o vento leva, é só dar adeus
dorme filhinha, é só o barulho do mar
o mar vem soprando uma canção de ninar
embala teu sono e alivia tua alma
aquece teus sonhos, te alimenta e te acalma
por uma boa noite de sono,
ao meu pequenino e grande amor.
acontecimentos
tem tudo aquilo
que não acontece
e acaba virando poesia
a estrela
que não foi tocada
que não foi beijada
e tem tudo aquilo
que aconteceu
num livro de poesia
aquilo que não acontecia
e assim são os versos da minha poesia:
[vagabundos
livres e descompromissados
perdidos no mundo
alguns, num rio, são mergulhados
e fico a imaginar,
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