No alto
da montanha me isolo, e tento entender o que não compreendo.
Procuro
respostas escondidas em algum lugar do qual não me lembro.
Estudo,
mas não aprendo.
Lá
embaixo, pessoas correm, mas não saem do lugar.
Feridas
se curam para depois novamente sangrar.
Os
semblantes fechados, não parecem gostar,
Do
trabalho, da vida, da alma, do lar.
Palavras
são proferidas, muitas das vezes sem se pensar.
Raras são
de compreensão. Raras tentam consolar.
Normalmente
são de explosão. Procurando alguém para culpar.
Por algo
tão pequeno, que não deveríamos nos importar.
Lá de
cima, vejo todos fazendo tudo sempre igual.
Vejo absurdos
encarados como coisa normal.
Valores
são invertidos, tudo muito natural.
Ninguém
se espanta, ninguém se insurge, deixa pra lá, não faz mal.
E assim
vou procurando as tais respostas, que ainda hei de encontrar.
No
silencio esclarecedor, sob a luz do luar.
Observando
a semente que luta, para planta virar.
Num
filhote de tartaruga, que por instinto, corre para o mar.
No
sorriso de uma criança, quando aprende a caminhar.
Na paixão
de uma guria, revelada no brilho de seu olhar.
No alto
da montanha, recarrego as energias e renovo a esperança.
E crio
coragem para de lá saltar.
Para
quando, finalmente, lá embaixo aterrissar,
A
tempestade já tenha se afastado, e o sol já tenha voltado a brilhar.
E talvez, um dia, eu encontre as respostas, que
insistem em me abandonar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário