distraídos, eu e a lua
numa noite escura e nua
despida de estrelas e certezas
vestida com alegrias e tristezas
pensativos, eu e a lua
em busca da poesia vaga e crua
ainda que com rimas óbvias e banais
estrofes tolas e carnais
e assim ficamos, eu e a lua
sonhando a estrada que se insinua
esperando a rosa amarela se abrir
o lírio da montanha sorrir
e até que o vento leve os versos desta poesia
e suas palavras misturadas com o sabor da maresia
um poeta, distraído e pensativo, continua...
no infinito da eternidade, eu e a lua.